As árvores da Rua da Costa do Castelo

 

As 3 árvores da Rua da Costa do Castelo, 1 Celtis australis e 2 Robinia, sofreram uma intervenção especial de poda e a colocação de um sistema de tutor numa delas, objetivando a sua conservação e manutenção face aos problemas que apresentavam e que colocavam estes 3 exemplares em risco.

Imortalizadas nas telas de Botelho por volta de 1950, as “ árvores da Costa do Castelo”, tal como outras árvores de Lisboa desenhadas pelo pintor, apresentam, regra geral, uma imagem de debilidade, má conformação e fraqueza.

 

As árvores de Botelho cresceram como cresceu a cidade, tornaram-se adultas e estiveram durante anos sem ser intervencionadas ou tratadas para se manterem em boas condições fitossanitárias e continuarem o seu crescimento regular. Por tal falta de cuidado, poda de formação, entre outras técnicas, duas das 3 árvores apresentavam alguns problemas estruturais graves e a ausência de uma intervenção de fundo e muito específica tecnicamente poderia conduzir ao seu fim. As árvores da Rua da Costa do Castelo tornaram-se perigosas para si e para os outros.

Ciente do valor do seu património arbóreo, a Junta de Freguesia de Santa Maria Maior optou, neste caso, por uma solução mista de poda e colocação de sistema de suporte executado especificamente para uma das Robinias.

Esta decisão não foi o caminho mais fácil, nem tão pouco o mais rápido de executar, mas não poderíamos deixar de atuar, tratar, suportar e intervir tecnicamente com muita responsabilidade e de pedir a todos que nos ajudem neste caminho da preservação e conservação.

 

 

 

As árvores da Costa do Castelo estão tratadas, frondosas, com a copa arejada, aliviada de peso sem ramos secos e não apresentam patologias visíveis.

Em resposta ao seu crescimento desordenado, o tronco da Robinia supra referida apresenta-se muito próximo do pavimento e é constantemente fragilizado por estar permanentemente sujeito à pressão agressiva e invasiva das pessoas que o escalam ou se sentam nele.

 

 

Naturalmente que importa também e sobretudo preservar esta zona da base da árvore fundamental para a sua sustentação e para o sucesso da intervenção e da sua continuidade.

Nesse sentido, a Junta de Freguesia irá atuar pedagogicamente colocando uma placa informativa apelando a esse cuidado.

As árvores da Rua da Costa do Castelo “estão bem e recomendam-se” e estamos convictos de que se Botelho as pintasse agora seriam certamente imortalizadas na sua tela da forma contrária: robustas, frondosas, de copas arejadas, folhas verdes e flores abundantes.