Trono de Santo António

Santa Maria Maior

 

Oh meu rico Santo António

Oh meu Santo Padroeiro…

 

O maior Trono de Santo António da cidade está no coração de Lisboa!

De 31 de maio ao mês de setembro, o Trono de Santo António de Santa Maria Maior embeleza o Rossio, numa ode ao santo mais querido dos lisboetas, às tradições da cidade, às celebrações dos Santos Populares e à identidade e história dos bairros mais carismáticos da capital.

Aqui, no coração de Lisboa, o Santo Milagreiro, Santo Casamenteiro que tantos devotos reúne, observa e guarda, a 8 metros de altura, a cidade nos meses de festa popular, a festa que se faz nas ruas.

 

As cores da cidade, o Santo da cidade

O Trono de Santo António da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior tem as cores da cidade.

O Santo António é carmim. A cor carmim tem, entre outros significados, o do amor e proteção, que associamos a este Santo que guarda a cidade e os lisboetas e que é o Santo Casamenteiro. Por seu lado, as cores utilizadas no trono simbolizam os elementos da cidade: o azul do rio, o verde da natureza, o amarelo da alegria das festas, o coral do calor e da energia dos meses de verão.

Um trono alegre, um santo colorido – como as festas populares que acontecem pela cidade nos meses de calor.

 

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#tronomaior @jfsantamariamaior

 

O Presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, responsável pela iniciativa, recorda a história dos tronos e a sua carga simbólica ainda nos dias de hoje:

 

A moedinha para o Santo António

Bem perto daqui, há mais de dois séculos, o terramoto que abalou a cidade destruía a igreja do seu Santo querido. Inconformada com uma tragédia que quis contrariar, Lisboa retribuiu uma devoção que já ia longa.

“A moedinha para o Santo António” era pedida para ajudar na reconstrução da igreja, mas o gesto foi mais fundo. Reproduziu-se pelas ruas da cidade – nos bairro de Santa Maria Maior, entenda-se – num apelo tanto popular como místico que teria nos tronos coloridos o testemunho deste afeto. A devoção tem destas histórias – e a de Santo António vive agarrada a Lisboa.

É lida, sim. Ora na prosa de Padre António Vieira, ora nas quadras das Marchas Populares. Mas anda sobretudo no diálogo que as pessoas mantêm com ele e que parece anterior à fama dos seus milagres: há gratidões que ficam para sempre.

Reconhecemo-lo como nosso. Mas aqui, em Santa Maria Maior, talvez mais. Imagem pitoresca dos recantos e becos, os tronos de Santo António são uma das singularidades da cultura lisboeta que melhor sobreviveram ao tempo: foram cenário de concursos e mostruários da vaidade de cada um. Foram Lisboa feita à mão por crianças e pais, vizinhos e amigos.

Feito por iniciativa da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, o coração da cidade, e a partir de uma imagem do acervo do Museu de Lisboa, neste trono descobrem-se, com uma abordagem contemporânea, as cores da cidade, as cores que evocam o rio, o sol de Lisboa, a pedra da calçada e o verde que evoca a natureza.

 

Miguel Coelho

Presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior

 

No território onde se insere o equipamento cultural dedicado ao Santo de Lisboa, é o seu coordenador que, associando-se à iniciativa da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, nos apresenta a importância dos Tronos de Santo António:

 

Tronos de Santo António

Em junho, Lisboa sai à rua para festejar o seu santo mais querido, conjugando os festejos religiosos com os arraiais e as marchas populares, com as sardinhas e os manjericos e com os inúmeros eventos que convidam a descobrir a cidade.

Também a tradição dos tronos de Santo António, homenagem genuína dos lisboetas ao santo que aqui nasceu, dá um colorido muito especial à cidade.

Faz parte da tradição antiga, quando a população de Lisboa se mobilizou para recolher fundos para reconstruir a Igreja de Santo António, depois do grande terramoto de 1755. As crianças também se quiseram associar e passaram a erguer pequenos tronos na rua, acompanhados do pedido de “uma moedinha para o Santo António”, que com o tempo passou a ser usado para comprar guloseimas e fogos de artifício. Mas foi uma tradição que se enraizou e, ainda hoje, durante todo o mês de junho, na soleira das casas, nos recantos dos bairros populares e nas praças, encontramos estes tronos dedicados a Santo António, armados por crianças, jovens ou seniores, por artistas, lojistas, grupos de vizinhos, escolas, centros de dia ou associações culturais. E este é o maior de todos eles, armado pela Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, numa das praças mais emblemáticas da cidade, evocando as marcas de identidade profundamente enraizadas na memória bairrista de Lisboa.

Pedro Teotónio Pereira

Coordenador do Museu de Lisboa – Santo António

 

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