Conversas Livres

25 de Abril em Santa Maria Maior

 

» Assista ou recorde este ciclo de conversas, transmitidas no Canal Maior «

 

Celebrar Abril é celebrar a Liberdade e as liberdades. Celebramos, com as Conversas Livres, a liberdade de falar e conversar sobre todos os temas, sem medo.

O ciclo Conversas Livres, promovido pela Junta de Freguesia de Santa Maria Maior no âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, vai ilustrar – por palavras – as mudanças que “o dia inicial inteiro e limpo” de que nos falava Sophia trouxe à vida dos portugueses.

Celebrar a Liberdade em três conversas moderadas por António de Sousa Duarte, com a participação de alguns intervenientes diretos na Revolução dos Cravos e testemunhos privilegiados, numa quarta conversa com Jorge Rodrigues, que cruza a ópera com as revoluções em Portugal e no mundo, e numa conversa especial sobre o papel do movimento estudantil para a democratização do país, com Alberto Costa e Ferro Rodrigues.

A Liberdade está a passar por aqui e todos estão convidados a celebrá-la connosco.

 

 

 

Da Conspiração à Democracia

6 de abril, 17h00, Galeria Santa Maria Maior > Rua da Madalena, 147

 

Carlos Matos Gomes | É um dos mais diletos oficiais do 25 de Abril. Antes de 1974 cumpriu comissões em Moçambique, Angola e Guiné. Ferido em combate, foi condecorado com as medalhas de Cruz de Guerra de 1ª e 2ª Classe. Depois da Revolução, dedicou-se a uma relevante obra histórica e literária cotando-se atualmente como uma voz incontornável na compreensão das últimas décadas da nossa História.

Vasco Lourenço | É hoje o rosto mais emblemático da Revolução dos Cravos. Umbilicalmente ligado ao processo conspirativo, foi o principal organizador da célebre reunião no Monte do Sobral, nas Alcáçovas, em setembro de 1973, onde reuniu 136 oficiais dispostos a iniciar o processo revolucionário que culminou em Abril de 1974.

 

Moderação:

António de Sousa Duarte | Nasceu em Vendas Novas, Évora, há 59 anos. Estudou Direito e doutorou-se em Ciência Política com uma Tese sobre a analogia entre a Revolução Social de 1383-85 e o 25 de Abril. Foi jornalista, tendo sido o primeiro correspondente da Agência Lusa na Guerra da Jugoslávia. Em 2000 fundou uma agência de relações públicas e assessoria mediática. Em 2009 dirigiu a comunicação do Sporting Clube de Portugal. Produziu vários filmes e séries, de que são exemplo ‘Salgueiro Maia – O Implicado’, ‘Soares é Fixe’, ‘O Pai Tirano’ e a série policial ‘PJ7’. É docente no Departamento de Comunicação da Universidade Lusófona. Entre outras, é autor das biografias de Salgueiro Maia, D. Manuel Martins, António Aleixo e Mário Coelho.

 

 

 

Movimento estudantil: foco de resistência ao regime

10 de abril, 18h00, Galeria Santa Maria Maior > Rua da Madalena, 147

 

Eduardo Ferro Rodrigues |Nasceu em Lisboa, a 3 de novembro de 1949. Formou-se no futebol de rua e no Lyceé Français Charles Lepierre, onde passou 13 anos determinantes. Licenciou-se em Economia no Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras, cuja Associação de Estudantes presidiu, e foi assistente e professor auxiliar convidado no ISCTE, entre 1987 e 1991. Eleito deputado à Assembleia da República nas IV, V e VI legislaturas, tornou-se Vice-Presidente do grupo parlamentar do Partido Socialista na VI legislatura. Foi fundador e extintor do Movimento de Esquerda Socialista (MES), deputado, Secretário-Geral e líder do Grupo Parlamentar do Partido Socialista, candidato a primeiro-ministro e chefe da representação diplomática de Portugal na OCDE. Foi Vice-Presidente e Presidente da Assembleia da República, o último cargo que exerceu antes de se aposentar. Foi professor no ISCTE, Embaixador de Portugal na OCDE, Presidente da Delegação da Assembleia da República à APCE. Foi Ministro do Equipamento Social; do Trabalho e da Solidariedade Social; e da Solidariedade e Segurança Social. Entre outras condecorações, foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade da República Portuguesa (2016) e com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo (2022). É autor e coautor com dezenas de obras publicadas e colaborou com a TSF, revista Novos Desafios, Portugal Business Partners in Europe, Semanário Económico, Valor e Diário Económico.

Alberto Costa | Político nascido em 1947, formou-se e lecionou na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Em 1969, iniciou a sua atividade política como candidato a deputado pela Oposição Democrática e viu a sua candidatura foi impedida pela PIDE. Mais tarde, foi detido pela polícia política do Estado Novo e foi impedido de lecionar em todas as universidades do país. Partiu para França, onde esteve com o estatuto de refugiado político entre 1973 e 1974. Regressou após a Revolução, tendo iniciado a sua carreira de advogado. Paralelamente, foi professor na Universidade Clássica de Lisboa, na Universidade Técnica de Lisboa e no ISPA. No âmbito destas duas atividades profissionais, escreveu diversas publicações sobre temas jurídicos e políticos, assim como artigos para revistas e jornais nacionais e estrangeiros. Foi deputado, ocupou os cargos de Ministro da Administração Interna e da Justiça e integrou o Conselho de Ministros de Justiça e Administração Interna da União Europeia. Representou o Parlamento na Convenção Europeia que preparou a Constituição para Europa.

 

 

 

Da Luta aos Livros

13 de abril, 17h00, Galeria Santa Maria Maior > Rua da Madalena, 147

 

Manuel Alberto Valente | Nasceu em Gaia. Em Coimbra estudou Direito, acabando por se licenciar em Lisboa. Aos 36 anos, assumiu a direção editorial das Publicações Dom Quixote. Dez anos depois assumiu esse cargo nas Edições Asa, onde esteve até 2008, altura em que passou a ser diretor-geral da Porto Editora. É responsável pela publicação em Portugal de muitos dos principais escritores de renome em todo o Mundo.

Maria da Piedade Ferreira | Foi aluna de Vitorino Nemésio na faculdade. Seguramente que o fascínio pelo vulto açoriano terá contribuído para que se tenha dedicado à edição literária numa paixão que nunca mais abandonou. Bertrand, Difel, Quetzal, Gótica, Oceanos e Leya deram corpo a uma carreira única que tem, no acompanhamento da obra de António Lobo Antunes, um dos seus mais relevantes eixos.

 

Moderação:

António de Sousa Duarte

 

 

Ópera e Revoluções

18 de abril, 18h00, Galeria Santa Maria Maior > Rua da Madalena, 147

 

Conversa com:

Jorge Rodrigues | A ligação de Jorge Rodrigues ao Teatro Nacional de São Carlos – TNSC começa quando, logo após o 25 de Abril de 1974, com 13 anos, viu o bailado “A Bela Adormecida”. Homem da cultura, tem uma relação íntima e da vida inteira com a ópera, cimentada nesta sua segunda casa. Estudou Canto com Maria Cristina de Castro e Línguas e Literaturas Modernas na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Foi entretanto convidado para assistente de produção no TNSC. É autor de um livro e participa regularmente em ciclos de música. Tem um percurso ímpar na cultura e concretamente no São Carlos como coralista, encenador, diretor de vários espetáculos de ópera, conferencista e comentador de concertos. É desde o primeiro ano apresentador do Festival ao Largo. Apresentou e assinou, com autoria exclusiva ou como coautor, diversos programas digitais e de rádio. Em 2020-2021, criou com a Junta de Freguesia de Santa Maria Maior o videocast “Em Modo Maior”, estreitando ainda mais a sua relação com este território e com as artes. Expôs, em 2022, na Galeria Santa Maria Maior, o espólio criado pela sua relação com o Teatro de São Carlos e assim, onde a sua própria vida e a do teatro se cruzam, “O Mundo no Chiado”.

 

Sinopse:

Iniciadas ao som da ópera. A ópera, um meio por muitos visto como elitista, exprimiu muitíssimas vezes a vontade de libertação dos povos. A ópera “Norma” de Bellini é disso exemplo, quando os gauleses irrompem furiosamente em cena querendo expulsar violentamente das suas terras os romanos opressores. É apenas isso – um exemplo – entre tantos outros mundo fora. Por cá, se o 25 de Abril de 1974 teve como indicativo musical a canção “E depois do adeus”, outras revoluções foram iniciadas ao som de ópera. Por exemplo, quem veio a São Carlos na noite de 27 de Maio de 1834, foi disso testemunha. Numa outra era, na noite imediatamente anterior à Revolução dos Cravos, deu-se no Coliseu dos Recreios uma récita histórica da ópera “La traviata” de Verdi, apresentada dias antes no São Carlos. O clima aquecido pelo sucesso estrondoso e pela crítica unânime nos louvores culminou numa noite de enorme triunfo, que aconteceu a níveis inesperados! Quando a récita terminou, bem depois da meia-noite… junte-se a esta conversa para saber o desfecho da história.

 

 

 

Da Guerra à Liberdade

20 de abril, 17h00, Galeria Santa Maria Maior > Rua da Madalena, 147

 

Carlos Beato | À beira de sair do Exército, no Outono de 1973, Carlos Beato foi desafiado por Salgueiro Maia a ficar mais algum tempo na Escola Prática de Cavalaria, em Santarém. Depois foi o que se sabe: o 25 de Abril ao lado do grande capitão. Natural do Porto Alto, foi um destacado presidente de Câmara Municipal de Grândola e entrou depois no Grupo Montepio onde ainda permanece sempre no desempenho de importantes funções cívicas e sociais.

Hermínio Martinho | Entrou para a História de Portugal quando, nas eleições legislativas de 1985, liderou o PRD – Partido Renovador Democrático, que se revelou à altura uma autêntica ‘pedrada no charco’ da política nacional. O partido de Eanes e Martinho obteve mais de um milhão de votos e elegeu 45 deputados. Nunca mais ninguém se esqueceu deste engenheiro agrónomo ribatejano…

 

Moderação:

António de Sousa Duarte

 

 

Galeria Santa Maria Maior > Rua da Madalena, 147
Participação livre. Inscrições > gcci@jfsantamariamaior.pt / 210 416 316