O ano de 2022, que agora começa, leva-nos a manter uma atitude prudente e responsável perante a pandemia. Cada um de nós tem o dever de continuar a proteger-se e de proteger os outros, praticando os cuidados recomendados pelas autoridades de saúde, independentemente de estar vacinado ou não. A utilização da máscara, a desinfeção e
lavagem das mãos e o distanciamento social são medidas simples e já bem conhecidas, que nos podem ajudar, e muito, a evitar a doença.
A vacinação tem tido uma importância decisiva no controlo da doença grave, dos internamentos e dos óbitos. Seja nas primeiras tomas, na dose de reforço, na vacina da gripe ou na inoculação dos mais novos, a responsabilidade de cada um continua tremenda. Que ninguém fique com a consciência pesada por não ter feito tudo por si, pela família, pelos amigos e pela comunidade.
Apesar de surgirem sinais de esperança, a pandemia continua a condicionar as nossas vidas e também as atividades da Junta de Freguesia. Todos esperamos que seja possível, em 2022, que os cidadãos, as famílias, as empresas e as instituições possam regressar lentamente à tão desejada normalidade.
E como diz o ditado, depois desta tempestade virá a bonança que nos permitirá olhar o futuro com esperança e ambição. É tempo de recomeçar e nada melhor que o Novo Ano para fazer planos, solidificar ideias e avançar com projetos.
Para 2022, a disposição do Executivo da Junta de Freguesia é a mesma de sempre: lutar pelos direitos dos fregueses de Santa Maria Maior. Estamos no mesmo lugar e com a mesma atitude e continuaremos ao lado da população contra todos os ventos e marés. Perante a nova realidade da gestão da Câmara Municipal, mantemos o espírito crítico, hoje como ontem, e faremos as propostas que julgarmos mais adequadas para que a qualidade de vida de todos não seja afetada pelos interesses de alguns. Avaliaremos com um registo construtivo e com responsabilidade todas as ideias, não hesitando em apoiar as que forem positivas e a combater as que nos parecerem nefastas.
A Habitação continuará a ser a nossa preocupação central. Não queremos que mais ninguém saia da freguesia a contragosto e pelo contrário gostaríamos de ver regressar todos aqueles que foram obrigados a abandoná-la nos últimos anos. A discriminação positiva dos antigos moradores da freguesia no acesso a novas habitações, que aqui venham a ser disponibilizadas, parece-nos de inteira justiça e uma medida bem positiva. Assembleia Municipal, Câmara, Governo e Assembleia da República são alguns dos atores políticos que não podem continuar a olhar para o lado, quando o assunto tem a gravidade que este tem. Da nossa parte, reforçaremos o compromisso de manter a Habitação nas agendas políticas e mediáticas.
Até agora, os “novos tempos” da gestão da Câmara Municipal de Lisboa não trouxeram nada de transcendente. Pese embora a manifestação de algumas intenções de sentido positivo numa área fulcral para a freguesia, como é o caso da habitação, registamos um preocupante leque de indefinições. E também não é bom sinal, para a saúde e transparência da democracia e independentemente da posição crítica de cada um, que promessas eleitorais de primeira linha sejam agora atiradas para o reino do esquecimento. O abandono do desmantelamento da ciclovia da
Avenida Almirante Reis é um desses casos e o Executivo da Câmara Municipal, em defesa da verdade, continua a dever aos lisboetas um esclarecimento rigoroso e responsável sobre as razões para não cumprir o que garantiu repetidamente ser uma decisão logo que assumisse funções.
Da nossa parte, a confiança continua a ser o lema pelo qual nos regemos. Uma confiança que se conquista dia-a-dia, junto das populações, e que é um dos nossos ativos mais preciosos. Votos de um excelente Ano Novo!

 

Miguel Coelho,
Presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior

 

in Revista novembro/dezembro 2021 | Editorial