FOTOJORNALISMO: UMA JANELA ABERTA AO MUNDO

 

 

Exposição fotográfica organizada pela associação cultural CC11 e a Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, que nos leva ao encontro da realidade pós-Idai, em Moçambique, e conduz-nos depois para o maior campo de refugiados da Europa, em Calais.

“Fotojornalismo: Uma Janela Aberta ao Mundo” reúne olhares únicos de jornalistas sobre duas realidades distintas. Mundos duros que não podem ser ignorados. As câmaras de Nuno Pinto Fernandes e de Tiago Miranda com os textos de Raquel Moleiro trazem-nos os seus contributos, sem medo no olhar e na palavra. Façamos a nossa parte e,
como observadores, deixemo-nos envolver pelos sentimentos”, escreve na folha de sala a jornalista e professora universitária Fátima Lopes Cardoso.

 

 

O Dia em que a Terra se fez Mar
Tiago Miranda, fotojornalista do Expresso, com textos de Raquel Moleiro, jornalista do Expresso

 

A 30 de março de 2019, um Boeing 767 fretado pela Cruz Vermelha Portuguesa preparava-se para descolar da base aérea de Figo Maduro com uma dezena de elementos da organização e outros tantos jornalistas. Um terço da cabine de passageiros era ocupada por estes, nos restantes bancos estavam cuidadosamente colocados caixotes e caixotes de medicamentos, material médico e utilitários. Mais do que uma evidência física (não cabia mais carga no porão), tinha a força de uma metáfora, cada banco estava ocupado por uma possível vida, de esperança e de solidariedade.

“O avião dirigia-se para uma das maiores catástrofes que Moçambique sofria nos últimos anos. A tempestade Idai tinha engolido a zona da Beira, levando consigo centenas de vidas e destruído um número incalculável de recursos, numa terra onde todo o bem é escasso. É naquele avião, ainda estacionado em Lisboa que se inicia o relato visual que
esta exposição pretende ser”, diz-nos Tiago Miranda.

Raquel Moleiro descreve: “Em cada imagem vê-se o olhar de quem olhou o mal nos olhos. Em cada imagem vê-se que quem não tem nada pode, ainda assim, perder quase tudo. E ainda assim, levantar-se. E seguir.”

 

O Dia em que a Terra se fez Mar | Tiago Miranda

 

 

O Fim da Linha
Nuno Pinto Fernandes, fotojornalista freelancer

 

Calais é uma cidade do norte da França, de onde do outro lado do Canal da Mancha, é possível avistar a britânica Dover. É precisamente a proximidade do Reino Unido, que desde o fim da década de 1990, atrai muitos grupos de migrantes ilegais, na tentativa de encontrar um futuro melhor, do outro lado da fronteira. Nesta exposição, o fotojornalista pretende mostrar o que viveu e experienciou na The Jungle, a selva de Calais no Norte de França durante a sua estadia de 21 dias em outubro de 2016.

“Foi uma experiência ímpar onde pude fotografar o dia-a-dia do maior campo de refugiados na Europa. Entrar neste campo e olhar para as condições onde vivem na Europa é uma imagem que no sec. XXI está completamente deslocada”, conta Nuno Pinto Fernandes.

 

O Fim da Linha | Nuno Pinto Fernandes

 

 

A inauguração da exposição é no dia 11 de Novembro das 18:00 às 20:00, com a presença dos autores. A exposição estará patente até 31 Dezembro 2021, na Galeria de Santa Maria Maior, na Rua da Madalena 147, Lisboa. De Segunda a Sábado, das 15:00 às 20:00. A entrada é livre.

 

A associação cultural CC11, foi fundada no início do ano 2020 e tem como finalidade divulgar e promover a fotografia e o fotojornalismo em Portugal.

 

 

 

Galeria Santa Maria Maior

Rua da Madalena, 147

 

Inauguração: 11 de novembro

 

PATENTE ATÉ 22 DE JANEIRO

De segunda-feira a sábado

15h00 – 20h00

 

Alterações de funcionamento na quadra festiva:

Horário excecional de dia 23 de dezembro: 9h30-13h00

Encerramento nos dias 24, 25, 26 e 31 de dezembro e até dia 9 de janeiro

A Galeria Santa Maria Maior funciona no horário regular nos dias 27, 28, 29 e 30 de dezembro e a partir de dia 10 de janeiro.

 

 

Consulte ou descarregue a folha de sala desta exposição.

 

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Registo da inauguração.

 

(Re)Visite esta exposição na nossa galeria virtual.